sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Felicidade

   Na vida somos mais aceites com um sorriso na cara, porque no fundo ninguém quer saber dos problemas dos outros e muitas vezes nem dos seus próprios. O que se vê cada vez mais nesta sociedade é muita gente a fingir que são felizes para se integrarem nos grupos e serem sucedidos no que querem fazer.
   Isto da felicidade é muito relativa e subjetiva. Sendo que, por exemplo, eu nunca achei a felicidade algo permanente, acho um sentimento temporário como a inspiração e a motivação, se não a reabastecermos com novos combustíveis, por assim dizer, acaba por ter o seu fim.
   É normal que tenhamos de fingir por vezes estar felizes nos nosso dias menos bons, pois não queremos, por norma, afetar os outros com as nossas preocupações, ou não queremos que saibam que estamos infelizes por sinal de fraqueza ou muitas outras razões. O que interessa é não estragar o ambiente às outras pessoas para não criar um mau ambiente para outros.
   Há quem procure a felicidade eterna. Eu cá acho que isso seria tortura, só alguém maluco o conseguiria, porque estar constantemente a sorrir ou simplesmente feliz com tudo significaria que essa pessoa teria de ser ignorante sobre muitos aspetos na vida, ou simplesmente aceitá-los como algo inevitável e simplesmente ser feliz de não estar no meio de tudo, o que para mim é completamente incompreensível. Eu acredito num estado de equilíbrio em que aceitamos que existem ocasiões que nos fazem menos felizes ou até tristes, aceitando todas as emoções que advêm dessas ocasiões estando dispostos a estar tristes, zangados etc. Acredito vivamente que ignorar as emoções menos boas é nada saudável.
   Uma das principais emoções que evitamos é a solidão. No dia-a-dia ao fazer a nossa rotina normalmente desligamos do mundo, para evitar aceitar a nossa solidão, ao ouvirmos música, ler, jogar, entre muitas outras coisas que nos fazem esquecer que estamos a sós com a nossa mente. Mas estou a divagar.
   Por fim, a felicidade não é nada que um obstáculo às nossas tarefas (pois nós iremos estar a procura dela em situações de stress, como por exemplo, um trabalho de escola), como também pode ser uma recompensa depois de um tempo longo de esforço ou de um longo dia de trabalho e felizes de nos reencontrarmos com a nossa entidade favorita. É tudo muito subjetivo, mas acredito que não devemos dar tanta importância à felicidade como muitas pessoas dão. Sejam tristes de vez em quando, aceitem as emoções e talvez vos melhore a vida mudando a perspetiva à infelicidade.

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